Certa vez, perguntei a uma pessoa que trabalha comigo:
- Quem é o seu maior inimigo?
Ela pensou um pouco e disse:
- Meu medo!
Fiquei surpreso com a pronta resposta. Não deixa de ser uma realidade, porém...
O medo nada mais é do que a composição e somatória de nossas fraquezas. Muito pouco para ser o nosso maior inimigo.
Quem seria, então, este personagem?
Depois de abandonar todas as religiões, aceitar que a vida precisa de uma filosofia para ser entendida, aplicada e que essa jamais controle nossas atitudes, descobri que EU SOU O MEU MAIOR INIMIGO.
É a mim que preciso vencer.
São meus defeitos que devo corrigir.
São minhas manias que tenho que entender e rever constantemente.
Nada em nossa vida é eterno. Portanto, a verdade de ontem está sob julgamento hoje.
Jamais devo me comportar com fanatismo exacerbado, pois a mutação é a realidade mais presente.
Permanecer estático significa regredir.
Jamais devo potencializar uma dor a ponto de torná-la sofrimento.
Jamais devo copiar qualquer coisa porque os parâmetros mudam a cada milésimo de segundo.
A verdade de ontem não serve mais para hoje.
Por esta razão, temos que ter sabedoria para vencermos nossos hábitos, vícios e manias.
O maior segredo, por conseguinte, é que os pais tenham competência para nos educar e jamais adestrar, porque aquele que tiver sido adestrado não saberá encarar as dificuldades da vida.
Para este, a vida se tornará uma droga. Faltará sentido para se viver e a droga vira -literalmente-, companheira dos adestrados.
Somos, sim, nossos maiores inimigos."